conhecidos NDCs a COP26 em 2021

Todos os países que oferecem uma redução bem acima de 45% até 2030 atendem ao alvo de 1,5°. Eu digo bem acima porque sempre haverá alguns países que não participam igualmente na redução de GEEs (gáses de efeito estufa). Além disso, os -45% referem-se ao ano de base 2010. Para 2020 isto resulta em -47%, para 2021 em -49%, porque as emissões globais de GEE tem aumentado desde então.

2010: 30.4 Gt
2020 31.5 Gt  ..... 30.4 / 31.5 = .96 * (1-45%) = -47%
2021 33.0 Gt  ..... 30.4 / 33.0 = .92 * 55% = -49%

2030 metas
China: -65% GDP desde 2005
USA: -50%-52% desde 2005
EU-28: -55% desde 1990
India: -33% GDP desde 2005

EU-28:
1990: 249.31 bio t
2020: 368,27 bio t
1990 ~ 68% de 2020  (249/368)
0.68*0.55 = 0.37, i.e. -63% em 10 anos

USA:
2005 GDP: 5692
2020 GDP: 5269
2005 ~ 108% de 2020 (5692/5269)
1.08*0.50 = 0.54, i.e. -46% em 10 anos

China:
emissions
2005: 4.42t
2020: 7.39t
2005 ~ 60% de 2020 (4.42/7.39), +3.4% p.a. ~ 1/(4.42/7.39))**(1/15)
crescimento econômico: +7% 2021
0.60 * 1.07**10 * 0.35 = 0.41, i.e. -59% em 10 anos

Se você calcular com 7% de crescimento econômico, os comprometimentos de redução da China são menores do que a da UE. Os países como a Alemanha já reduziram suas emissões enquanto subem globalmente como em China. Se você tomar f.i. 4% ou 5% do crescimento econômico os comprometimentos da China são mais altos. Acreditamos que, com o objetivo de se tornar neutro de carbono, medir as emissões em relação ao crescimento econômico deberia ser fortemente desencorajado. O que conta para a Mãe Terra são as emissões mundiais totais absolutas e não emissões em relação ao crescimento econômico. Acreditamos que isso teve uma perspectiva histórica quando ainda não havia comprometimentos de emissão zero. Metas de redução absoluta têm a vantagem de ser mais relaxadas em caso de depressão econômica que basicamente é o que precisamos.

India:
emissions
2005: 1.85t
2012: 2.38t
2.38/1.85**(1/7) = +3.7% per year (formerly)
estimado 2005-2020: +3.8% per year
estimado: 2005 ~ 57% de 2020, i.e. 1/(1.038**15)
crescimento econômico: +7% estimado
0.57 * 1.07**10 * 0.67 = 0.75, i.e. -25% em 10 anos
a um crescimento de 10%: -0% em 10 anos!

Os EUA têm um nivel de vida comparável, mas os EUA são o segundo maior emissor e a UE-28 apenas a quarta maior. Lá você pode ver como os esforços de proteção climática da UE já calharam. Tal como aqui calculado, os compromissos de redução dos EUA não estão sequer de acordo com o objectivo de 1,5°C e isto apesar do facto de Joe Biden querer apresentar-se como um líder climático (more about it: letter from 198methods). 2018: China 23%, EUA 12%, Índia 7%, UE-28 7%. China e a Índia têm aprox. a mesma população, a UE um pouco menos da metade da Índia e os EUA menos do que a UE (China 1.4mrd, Índia 1.39mrd, UE-28 510mio, US 330mio). Enquanto isso, a China tem maiores emissões per capita/por pessoa do que a UE (CN-PCP~1.64%, UE-PCP~1.37%, US-PCP~3.63%, IN-PCP~0.5% por mil pessoas). No entanto, as emissões não podem ser apenas comparadas por pessoa/capita. China tem f.i. muito mais indústria do que a Índia. Ao importar mercadorias de países com alto consumo de carvão, como a China, a pegada ecológica também é importada. Na Índia há muitas pessoas pobres que não podem participar da economia igualmente. No entanto, acreditamos que aqueles que fazem, ainda precisam se preocupar com o seu impacto climático.

Os dados que poderíamos conseguir não são igualmente bons em todos os casos. Para a Índia, tivemos que usar emissões per capita, embora o crescimento da população não seja atribuído por isso. Para a China e a Índia, muito mais da metade da produção de energia vem do carvão; para a Índia 74% de carvão e lignito.

Enquanto outros países pensam como intensificar as suas ambições, Boris Johnson (GB) tem barateado voos no interior em 50%. Ele está investindo milhões de libras esterlinas na criação de novas estradas e aprovou uma licença para explorar campos de petróleo nas Ilhas Shetland. Ele nem quer abandonar uma nova mina de carvão no noroeste da Inglaterra. Esta é realmente uma vergonha para um país que fez parte da União Europeia até recentemente. Em tempos em que todos os países precisam aumentar sua ambição, isso é difícil de abonar.